Um tempo atrás escrevi uma postagem no blog do meu site danilodecastro.com.br intitulada “A Arte da Composição”, nele escrevi sobre alguns aspectos de como componho e afins… Hoje vou retornar ao assunto da composição devido uns pensamentos que tem me intrigado…
[este texto foi postado também em danilodecastro.com.br/blog]
Ano passado não foi um ano de grandes feitos e muitas músicas, devido a correria e engajamento nas gravações do meu disco, foi um ano magro de novas composições. O Compositor, O Artista, acho que em sua maioria sofre do mesmo mal que eu, a necessidade de produzir algo novo sempre, a ansiedade de “fazer o novo de novo”, em meio a mesmice de tudo que temos visto ultimamente é difícil fazer o novo, não apenas o novo comparado ao que está já lançado por aí mas o novo do que já fez antes, o reinventar-se a cada verso, nota, canção, é um desafio e tanto para quem lida com composição, afinal é muito fácil fazer do mesmo sempre, mas reinventar-se é um grande desafio… Um dos motivos de eu ter tido um ano magro de músicas novas ano passado além da correria, foi essa procura pelo novo, pelo que nunca fiz antes e sempre quando estava escrevendo, tocando algo novo não era tão novo assim mas uma cópia de algo já inventado… Este ano no carnaval comecei a escrever algo que foi pra mim muito pesado e difícil de transpor ao papel, depois de fechar o texto e debulhar em tudo comecei a tocar uns 2 acordes e a música começou a sair, quão feliz foi reinventar-me novamente, foi como uma fênix que das cinzas renasce e voa novamente totalmente nova e revigorada.
Muitas vezes nós compositores queremos quantidades, mas tenho privado ultimamente pela qualidade, a quantidade não é tão relevante para mim hoje, não gosto do lance de compor, fazer música por demanda, afinal a arte não deve ser uma demanda e sim uma extensão do momento que você está passando… Repense foi o nome dado para esta música que fiz e ela traz um verso que reflito todos os dias: “repense, reinvente, torne-se melhor que ontem, não seja pedra de tropeço pra ninguém” o reinventar-se é sempre algo bom para o ser humano, repensar as ações, pensamentos, atitudes, tornar-se alguém melhor a cada amanhecer… Muitas vezes nos perdemos em meio a correria e sempre fazemos e nos tornamos o mesmo do mesmo e não progredimos na evolução do eu, falam muito que o homem veio do macaco e foi evoluindo ao passar dos anos, eu acredito que a maior evolução é a do caráter, evoluir a mente, evoluir-se a cada dia.