Troco Likes

Ultimamente tenho me intrigado bastante com algumas questões no âmbito do porque nós hoje temos enraizada a necessidade de se expor tanto nas redes sociais, vamos a uma festa e fazemos diversos ‘snaps’ da festa em vez de curtir o momento em si, vamos a um evento fazemos check in para as pessoas verem onde nós estamos naquele momento, no trabalho, na escola, no transito, no médico entre outros lugares do dia a dia vamos fazendo as postagens de como está ali, do que estamos fazendo e afins… Eu cansei.

Alguns anos atrás surgiu o Orkut, no auge da rede social eu tinha meus 11 anos e lembro como hoje como era legal ver o que as pessoas lhe escreviam de depoimentos, scraps e os assuntos das comunidades… Lembro também que popularizou uma outra rede chamada Twitter, e nela escrevíamos em 140 caracteres o que quisesse, você poderia seguir pessoas, twittar para elas e também ser seguido, receber twittes e mensagens privadas, até hoje o Twitter é vivo e no mesmo formato, sendo uma das redes sociais mais influentes e uma forte ferramenta de busca sobre o que as pessoas estão achando dos assuntos do momento… Tempo foi se passando e o Orkut foi crescendo, crescendo até o dia que uma rede sem graça chegava ao Brasil chamada de Facebook, poucos se simpatizaram no início mas em torno de 2010/11 começou o auge da rede por aqui e nela a todo instante respondíamos e víamos o que as pessoas respondiam no box “No que você está pensando?”, nela podemos publicar fotos, vídeos, links etc… Outras redes surgiram com os anos como o Instagram, o mensageiro Whatsapp e Snapchat. Lembro quando lançou o Snapchat e chegou no Brasil eu tinha um Smartphone que rodava Windows Phone, não tinha o app para esta plataforma e eu ficava doido pra comprar um celular com Android ou iOS e poder tê-lo em meu celular e ver seguidamente o que as pessoas estavam postando e também postar seguidamente o que eu estava fazendo… Troquei de celular, instalei o Snapchat e fiquei nessa ânsia de postar por pouco tempo, algumas semanas depois chegou o recurso de fotos temporárias também no Instagram e assim mais uma rede social nos induzindo à postagens 24h.

Enfim, acho que já falei muito sobre as redes num geral, vamos voltar ao assunto principal do texto que é o tau do ‘troco likes’… Acho que o ser humano sempre teve essa necessidade de ficar sabendo da vida dos outros, de falar o que está fazendo, acho que todos de nós já ficamos alguma vez de muquia na janela olhando alguma briga de nosso vizinho e falando numa roda de amigos o que fez no fim de semana, na ultima viagem… As redes sociais apenas amplificaram o que já fazíamos, o problema é quando perdemos o controle do que postar, quando postar e paramos de viver o real e sim viver em prol do virtual… Não vamos mais as festas, eventos, lugares e curtimos o momento, ficamos postando tudo que estamos fazendo lá para as outras pessoas verem e curtirem o que estamos ‘curtindo’ mas na verdade não estamos curtindo nada rs estamos apenas lá fazendo fotos e vídeos. Exemplo nato disso é um show de um cantor que gostamos muito e vamos lá, em vez de curtir o artista, a música, o momento ali com ele que pagamos caro, pegamos fila… Fazemos vídeos pra assistir depois… Mas Danilo, quero gravar este momento legal tau… O problema não está no postar e filmar, mas sei lá, muitas vezes perdemos o momento tão esperado pra ficar produzindo conteúdo pra rede social… Enfim, não to aqui pra mudar você sobre o que posta ou deixa de postar, mas a reflexão é: Porque eu troco likes?

Eu tenho diminuído os snaps, stories, posts, twittes e afins, pra curtir mais os momentos de lazer em si e parar de expor tanto meu dia a dia, afinal a vida é pra ser vivida e não virtualizada. Chega ser meio doentio esse nosso prazer de ser popular, de ter x likes numa foto, x visualizações num vídeo… Estamos fazendo aquilo em prol de nós ou dos outros? Ontem já fui um compulsivo, ainda sou um pouco, a cada dia tenho melhorado, afinal nascemos com um nome e sobrenome, não um nickname.

#ForçaChape

“Força Chape” é o grito que estamos ouvindo em forma de canto, publicações e lágrimas nestes últimos dois dias não só no Brasil mas no mundo todo. A madrugada de terça feira, dia 29/11/2016 foi o início de um dia que ficará marcado para sempre na história… Lembro da manhã de terça em que abri meu twitter e tinha uma notícia dizendo que o avião do Time da Chapecoense teve um pouso forçado, achei estranho mas notícias assim são normais, até que fui rolando os tweets e as notícias eram de tragédia, mortes e caos… Como sabemos, na madrugada da ultima terça feira ocorreu a queda do avião da empresa LaMia que transportava a delegação do time da Chapecoense juntamente com repórteres e convidados, até o presente momento os noticiários trazem a causa como uma “pane seca” que ocasionou a parada dos motores e todos os equipamentos do avião, não sou perito muito menos repórter então não vou me delongar nestes detalhes.

Um mês atrás estava almoçando num barzinho perto do meu cliente e assistindo o Jogo Aberto da Rede Bandeirantes vi a manchete “Chapecoense disputa semi finais da Copa Sul-Americana” olhei bem, mas não conseguia ouvir os comentaristas tau, fiquei abismado, pois a pouco ouvíamos apenas que este time era um mediano que atrapalhava os grandes quando se menos esperava no Campeonato Brasileiro, dei uma olhada nos sites de esportes e vi que era o único time brasileiro na disputa do campeonato… Comecei a torcer por eles pelo fato heroico, por estarem jogando com raça e dando o melhor de si como todos nós torcedores gostaríamos que nossos times fossem… Passaram-se os jogos e depois de um empate com gols na Arena Condá e no segundo jogo empate sem gols na casa do adversário, asseguraram a sonhada vaga na final do torneio. Só o que passava nos jornais esportivos era o feito daquele time de heróis e o Palmeiras a um passo do título brasileiro depois de 22 anos de jejum.

A semana do primeiro jogo das finais chegou e os jogadores foram em direção a Colombia… Foram e por ali ficaram, o acidente aconteceu e a história deles foi marcada com um inesperado ponto final…

Não decidi escrever este texto para narrar o acidente ou coisa do tipo, mas para falar do sentimento de tristeza que me tomou nestes dias, assim como deve ter tomado você leitor talvez e milhares de pessoas ao redor do mundo.

Ontem tivemos no horário do jogo uma homenagem como nunca vista por parte dos colombianos em Medellín no estádio que seria realizado o jogo, nem no Brasil eu vi uma homenagem como aquela em outras tragédias. No dia do acidente tiveram vários jogos na Europa e também vimos homenagens por parte dos jogadores e equipes, nos Estado Unidos em jogos da NBA tivemos minuto de silêncio em favor das vítimas… Times de futebol ofereceram jogadores para reformular o time da Chapecoense, afinal sobraram apenas 6 se não me engano que ficaram no Brasil, tivemos jogos cancelados, aumento dos sócios torcedores do time, esgotamento total da Camisa Oficial da Chape nas lojas e tantas outras homenagens e ações em favor do time, não simplesmente do time, mas das pessoas que ali estavam.

Enfim, o mundo todo se uniu no #ForçaChape

Quão bom seria se todos os dias nós vivêssemos em sociedade com este sentimento de união e do bem em favor do outro, mas somos egoístas demais para pensar no próximo não é mesmo? Da mesma forma que o presidente do Sport Club Internacional está apenas pensando em seu clube e na situação que ele está no Campeonato Nacional, nós somos assim em nosso dia a dia…

O #ForçaChape vai passar e parar de ecoar pelos cantos do mundo daqui uns dias, ficarão apenas as lembranças e o espaço vazio nas famílias, está sendo bonito tudo que está acontecendo em meio esta tragédia, mas sabemos que vai passar e depois tudo vai voltar à mesma frieza de sempre… Não deixemos o sentido real do #ForçaChape morrer em nós depois destes dias da recente tragédia, que sejamos mais solidários, amáveis e “parceiros”

Meus sentimentos as famílias dos 71 mortos no acidente entre tripulação, repórteres, convidados e comissão técnica da Chapecoense

#ForçaChape

Boa Noite

– Boa noite
– Tudo bem?
– Como vai?
– Vai com Deus
– Fica na Paz
– Bom descanso

Estas foram as palavras que ouvi seguidamente da cobradora hoje quando peguei o 6200/10 em direção ao Terminal Santo Amaro – Carro 76340. Nunca vi uma cobradora simpática como ela antes, com um sorriso no rosto e alegria no olhar, contagiando o clima silencioso meio antipático que tem os ônibus coletivos de São Paulo

São Paulo é uma cidade que nos ônibus não tem muito aquele lance de sair conversando um com o outro de supetão… O comum mesmo é ver as pessoas cada um em seu mundinho particular às vezes lendo um livro, outras com fone de ouvido e aquelas que vc olha já viram a o olhar em outra direção rs
Ao ver essa cobradora hoje fiquei pensando em como tenho sido com as pessoas no meu dia a dia… Muitas vezes com uma cara fechada, de poucos amigos, não falo bom dia, não pergunto como estão meus colegas de trabalho quando chego… Acho que o estresse que quem mora em cidade grande adquire naturalmente nos faz ficar assim, menos humanos, menos gentis, mais antipáticos vivendo num mundo à parte. O trânsito e o coletivo cheio pela manhãs nos tira a paciência do dia todo logo cedo rs

No ônibus foram 40 minutos vendo esta senhora, não sei sua idade, onde mora, sequer sei seu nome, se eu não tivesse que descer para ir ao curso teria parado para conversar com ela e perguntar do porque ela age assim 🙂

Que sejamos mais amáveis, simpáticos com as pessoas, que demos mais ‘Bom Dia’, nos importemos com os outros…

Que possamos ser mais humanos dia após dia, que um ‘Bom Dia’, um ‘Olá, como Vai?’ seja apenas o princípio do ser gentil que há dentro de todos nós ou que criaremos com o hábito diário.

O Sol

Ele brilha
Ele raia
Ele aquece

Ele ilumina
Ele é majestoso
Ele é redondo (aos nossos olhos)

Ele atrai
Ele dissipa
Ele detém o que todos precisam

Ele é o maior
Ele é o menor
Ele ensina
Ele desperta

Ele nasce pra todos
Ele é o sol

É. É o Amor

É a falta de fôlego
É o aperto no peito
É a sensação de estar levitando

É o ‘suadeiro’ nas mãos
É o arrepio no corpo
É o querer não pensar quando vê já ta pensando

É o viver sem ver problemas
É a vontade de estar colado
É o aquilo que não esperamos

É o olhar matador
É o sorriso estampado
É o aquilo que não explicamos

É o anseio pela perda
É o ciúmes sadio
É o não viver pela dor

É
É o amor

É Carnaval | Ê Carnaval

O Trio está armado
A Banda começou a tocar
Os foliões com seus abadás estão a pular
A Sapucaí enfeitada com suas alegorias já aguarda seus passistas
É bloco de rua em becos sem fim
É ‘felicidade’ pra tudo quanto é lado
É…. É o Carnaval

Dizem que ano novo de brasileiro só começa depois do Carnaval
Depois da festança da ‘alegria’
A mídia vende a felicidade do Carnaval como algo mágico e pleno
– Saia com os amigos, pegue o bloco, beba e caia na festa!
Este pensamento perdura há décadas

Carnaval o povo se solta
Esquecem dos problemas
Fazem loucuras
E afins

Não critico o ato de alegrar-se, de festejar
Não sou fã é da libertinagem e falta de senso
É nego a rodo bebendo e dirigindo nem aí
É gente ‘dando amor’ a desconhecidos apenas pela curtição
É a mídia e o nosso governo mascarando os problemas nos ‘dando’ o entretenimento em nossas vilas e praças
Ê Brasil…
Nos jogamos no Carnaval e depois nos abstemos na quaresma

Que a inconsequência não nos pegue através da cegueira do entretenimento
Que não sejamos comprados pela mídia e suas imposições de felicidade
Que o Carnaval não seja um feriado em que ajamos (essa palavra existe? Rs) como se não houvesse um amanhã

RIP Maurice White

Engraçado como nós entramos na vida das pessoas em que veneramos… Vivemos como se fizéssemos parte da família rs

Na última quarta dia 03/02 morreu Maurice White, um dos fundadores e cantor da banda Earth Wind & Fire, uma das maiores bandas de todos os tempos… Desde 92 foi diagnosticado com Parkison e não estava mais ativamente na banda desde o final da década de noventa, mas sim apenas na parte de produção e afins da banda.

Lembro como ontem a primeira vez que aquele tape do disco Powerlight rodou no meu toca fitas e ouvi aquelas músicas embalantes, sé loco rs era muito bom aquele negócio… Fui crescendo e continuei curtindo a musicalidade dos caras e a voz do Maurice me tocou e toca lá no fundo até hoje… Hoje quando li esta noticia da morte dele senti como se fosse algum amigo que tivesse morrido, engraçado isto, acho que todos nós entramos na vida de artistas que gostamos… Procuramos sua história, o que gosta, o que fez e tudo mais… Nos achamos íntimos deles rs

EWF é uma das bandas em que se você perguntar da discografia eu falarei de boca cheia dos discos, das nuances, dos sucessos, da pegada deles da década de 70 até seu ultimo trabalho em 2014

Outro artista que tenho esta sensação que sou amigo é o Djavan mas ele ficará para um outro momento, achei legal escrever sobre este assunto que chega ser engraçado, de como vivemos nos achando íntimos de pessoas que sequer conhecemos ao vivo, muitas vezes apenas por fotos, vídeos e músicas, nem shows temos oportunidades sempre de ir…

Meus sentimentos a toda família do querido Maurice :'(

As músicas que mais curto dentre todas do EWF são:
After the Love Has Gone – 79′
That’s the Way of the World – 75’
Can’t Hide Love – 75’
Let’s Groove – 81’
Boogie Wonderland – 79’
Can’t Let Go – 79’
Miracles – 83’
The Speed of Love – 83’

Vitral Vidente

Vi a
Vida através de um
Vistoso
Vitral de
Vidro

Vibrante foi a
Visão pois
Vi
Vigor naquela
Vida

Vivenciei um pouco da
Virtuosa
Vida
Vindoura da
Visão

Vitalidade encontrei ali

Vitral
Vidente me disse
Viaje sempre pois é
Vistosa a
Vista da
Vida por aqui

Vi
Viajei
Vivi

Sonhar é viver

Sonhar é viver, ponto.

Não sonhar é morte, reticências…
Uns nasceram ricos, outros pobres
Uns são ricos ‘apenas’ de espírito, outros são pobres de espírito e pobres de bens também

Acredito que a riqueza de espírito é muito mais valiosa do que a material por si só, vazia

Há pessoas que acreditam naquele pensamento que diz:
– Nasceu pobre? Morrerá assim
– Pau que nasce torto, morre torto
Sou contrário a estes pensamentos que imputam sobre nós uma mesmice de vida que frisa na ideia daquilo que somos e não em quem podemos ser além do que somos no presente, em quem podemos nos tornar…

A primeira afirmação imposta no texto foi: “Sonhar é viver, ponto.”
Quando sonhamos nossa vida ‘anda’ pra frente, pro alto… Se não acreditamos em nossos sonhos quem acreditará e ‘botará fé’ neles…?
– NINGUÉM!
Reafirmo: – Sonhar é viver. Isso basta.

A segunda afirmação foi: “Não sonhar é morte, reticências…”
Porque do ‘reticências’ na frase? Não sonhar é uma morte mesmo… Não no sentido literal de ‘caixão e vela preta’ rs um ponto final… mas de viver sem ansiar e pensar em como podemos ter um futuro, uma vida melhor, mais feliz e menos ‘carregada’

Quando não sonhamos ou perdemos a esperança de algo melhor para nós, não estamos vivendo… Estamos apenas passando os dias…

Poderia parafrasear mais, mas acho que a reflexão deve continuar em nossos pensamentos e não apenas em mais palavras decorridas neste texto

Sonhemos por uma sociedade mais honesta
Sonhemos por uma vida mais simples
Sonhemos com propósitos e não por vãs objetivos

Sonhemos hoje, sonhemos.

Lei do Tempo

Muita coisa aconteceu, o tempo se passou, o que era e importava-me não existe mais
Almejava ser feliz, a qualquer custo eu tentava, encontrei apenas tropeços e um vazio no coração

Parei por muitas vezes numa esquina, pensava na vida e no que eu podia ser ou ter
Não queria entender que o tempo era a resposta aos anseios e incertezas do meu ser

Os devaneios da minha mente, as vontades do meu eu
Me quebravam em pedaços sem reparo
Não havia solução, pois eu não queria ver que a saída para isto era o tempo
Compramos roupas, compramos o de comer
Mas o tempo não se compra, nem se volta
O que vai vir, virá
O que passou, passou

Precisamos aprender a entender a Lei do Tempo

Eu preciso entender a Lei do Tempo