Engraçado como mesmo estando rodeados de pessoas muitas vezes nos sentimos sozinhos, outrora quando a sós, nos sentimos acompanhados, que paradoxo!
A vida na cidade grande é solitária, todos estão correndo por suas respectivas necessidades, sonhos, vontades… E acabamos nos esfriando, deixando passar até um simples: – Oi, tudo bem?
Corremos pra tudo, não temos tempo pra nada nem ninguém. É tanta correria que não sei onde isso vai dar
Saímos cedo e chegamos tarde de nossas casas, temos mais casa na rua que casa na casa. Vivemos na rua e dormimos em casa, na verdade a vida na cidade grande nossas casas são um hotel, onde comemos apenas uma refeição noturna e deitamos em nossas camas
Perseguimos o sucesso e quando ele chega vemos quanto tempo foi perdido, quanta vida para trás… O que será o sucesso? Que mentira é essa que foi-nos passada como a verdade do feliz viver?
Talvez um salário que paga nossa falta de tempo?
Uma roupa nova que depois de usada pela segunda vez perde a graça?
Um restaurante caro onde comemos e em 2 horas estamos com fome?
Um carro do ano, ou com baixa rodagem que desvaloriza de 10 a 20% por ano fora os tributos e gastos?
Um apartamento num bairro nobre com piscina, salão de jogos, academia e etc… Nem sequer temos o ‘bendito’ tempo de usufruir do tau condomínio
Já dizia o sábio, tudo é vaidade, é como correr atrás do vento
A vida na cidade grande é assim, é como um motorista apressado no trânsito, olha o carro da frente e quer passar, não quer estar no retrovisor
A graça da vida é o viver, é o caminho, o instante… o tempo passa, as coisas passam e com o foco errado, turvo, o tempo de viver se esvai como as folhas de outono, quando percebemos estamos com a conta cheia, o checklist preenchido mas vazio de vida dentro de nós
vazio de vida dentro de nós.